Talvez a minha lista decepcione alguns por não ter capas tão “icônicas e clássicas”, resolvi colocar elas mais pelo impacto inicial e firmamento na minha memória com o passar dos anos.
10. ULTIMATE X-MEN 13 – Adam Kubert
Apesar de muita gente considerar o Gambit um dos buchas dos X-men, sempre foi um dos meus personagens preferidos, junto com Noturno. Essa capa retrata todo o aspecto andarilho do personagem, de todo Ultimate X-Men, ela é minha preferida, primeira capa de um dos mestres Kuberts a se fixar na minha memória.
09. PREACHER #18 – Glen Fabry
Guerra, sobrevivência, tradição e hereditariedade sintetizados em uma capa. É difícil escolher uma única de Preacher, mas essa ainda me chama mais atenção que as demais.
08. HULK –THE END – Dale Keown
A suposta história final do Hulk entre várias linhas temporais. Um interessante paralelo com o mito de Prometeu é traçado, e a capa consegue transmitir a dor e suplica de um monstro que se recusa a morrer ou ser destruído.
07. PUNISHER MAX #50 – Tim Bradstreet
Frank acorda de um terrível pesadelo, nesse ele via-se velho e ocioso, com sua família ainda viva. A capa de Bradstreet capta com perfeição a angustia e motivação da solitária guerra diária ao crime. A camisa icônica com a caveira é mais colocada ao lado bem a frente do espectador, em uma mistura de bandeira, maldição e objeto de culto.
06. PUNISHER MAX #21 -- Johnson
A guerra do soldado Frank Castle chega ao fim. Johnson consegue captar o encerramento da trágica história de uma maneira simples e genial.
05. HELLBLAZER #83 –- Glen Fabry
Conclusão genial da fase insuperável de Garth Ennis em Hellblazer. O momento decisivo em que o Primeiro dos Caídos finalmente alcança John após ter se livrado de um a um dos seus truques. Após entre outras coisas ser deixado pela Kit, virar um mendigo, perder os restantes dos amigos, levar uma surra de Chas que até então era seu melhor amigo, fazer o anjo Gabriel cair... Só restou a John ter sua alma buscada. E por que alguém diante de uma situação dessas teria uma expressão como essa capa? É ai que tá a sacada da coisa.
04. PLANETARY #26 – John Cassaday
HQ que li completa essa semana, é aquele tipo de material que quase todo mundo que você fala no meio virtual já leu a sei lá quantos anos atrás... Mas antes tarde do que nunca. Por mais que possua várias capas brilhantes, essa não saiu da minha cabeça, a situação de Elijah Snow na capa é totalmente referencial a nossa ao ler isso. Warren Ellis escreveu uma história brilhante, com desenhos ímpares, mas que infelizmente não teve um final tão satisfatório quanto eu esperava, é o que dá querer fechar um enredo gigantesco multidimensional em míseras 22 páginas da ultima edição...
03. THE ULTIMATES II, #02 – Bryan Hitch
Li essa história na época que eu colecionava MMHA, infelizmente a Panini publicou essa capa em miniatura tá melhor que a Abril que nem publicava a capa. Loki voltou a equipe contra Thor, fazendo esse passar como um esquizofrênico que deveria ser detido, e mas sagaz ainda, vazou para a mídia que Bruce Banner era o Hulk, a mesma fera que havia assassinado na casa de três dígitos em sua transformação que fora confrontada pelos Supremos no volume I. Uma excelente proposta argumentativa de quando o Mark Millar levava os roteiros a sério. A capa se torna uma provocação, do lado de dentro um enjaulado Banner depressivo destruindo a imagem pública dos Supremos. Do lado de fora, uma perspectiva de um louco que acha ser o Deus do Trovão também comprometendo o grupo. Genial;
01. THE DARK KNIGHT RETURN #04 – Frank Miller
Homem x Estado. Inquietação x Conformismo. Racionalismo x Fé. Ou apenas a simples imagem do morcego fazendo sua mais dura escalada rumo a vingança, e tendo um semideus como obstáculo em sua frente perante o ultimo trabalho.
01. WATCHMEN #01 – Dave Gibbons
A maior de todas as capas. Cada qual que interprete a sua maneira, seja o famoso “Cinco para meia-noite do relógio do Juízo Final”, de que “É tudo uma piada”, os ideais pacíficos na sarjeta, o inicio do grande clássico, o cinismo como única arma para a inevitável mortalidade de todas as coisas... Única, funcional e atemporal, bem como todas das doze capas, mas sem dúvida, essa é a mais recorrente.
0.5 Menção honrosa: NEW AVENGERS VOL. 3, #06 -- Jock
Os Iluminatis da Marvel tomando ações radicais e necessárias dignas de Ozymandias Realista. Sem mas, o enredo que me fez voltar a ler a Marvel atual. Jock sintetiza bem que o universo 616 da Marvel está indo por um caminho supostamente sem volta. Até o próximo reboot.
P.S: A primeira capa que vem a mente relacionada a Constantine sempre vai ser essa, não usei para não repetir com a do Luk Luk. É a capa que foi usada na Vertigo 01 da Abril publicada nos 90 aqui no Brasil. Minha porta de entrada para Vertigo bem como para sair da zona de conforto da leitura em sí. Até hoje uso como papel de parede.